Tens tido muito boas críticas ao teu álbum de estreia, na imprensa musical. À parte disso, como tem sido o feedback do público em geral? A ideia que tenho é que o disco passou ao lado da imprensa. À parte disso, por enquanto, vão havendo pessoas em número suficiente a manifestarem-me o seu gosto pelas canções para que sinta que vale a pena continuar a mostrá-las.
A nível da divulgação do teu trabalho, alguma vez sentiste dificuldades nesse campo? E como o tens feito? Senti, sinto as dificuldades que qualquer trabalho editado com poucos meios sente. Foi feita a promoção possível, na altura em que o disco saiu. Agora, para além dos concertos, mantenho um blogue actualizado com notícias sobre o projecto e tenho, como toda a gente, uma página no MySpace.
Achas que cada vez mais a net é um aliado nesse campo? Qual a tua opinião sobre a música versus net, e consequente partilha/pirataria que se vive hoje em dia? É-o, obviamente. Partilha é uma coisa. Por mim, estejam à vontade para partilhar a música que faço, agradeço. Pirataria é outra. Não ia achar muita piada se estivessem a ganhar dinheiro às minhas custas, nas minhas costas — o dinheiro faz-me (faz-nos) muita falta.
Qual a tua opinião sobre o actual panorama musical português? O campo criativo apresenta, aparentemente, uma enorme diversidade. Parece-me é que o meio que o envolve não é suficientemente dinâmico para acompanhar a energia criativa que daí advém, acabando, na maior parte das vezes, por desperdiçá-la ou por levá-la a funcionar apenas em circuito fechado.