Quinta-feira, 13 de Setembro de 2007
"
It's of course my own interpretation of the song, I didn't even try to recreate the original version cause it's completely unmatchable... I just tried to create something of my own based on the same feeling of alienation and "saudade" that I hear on the original version, hopefully people will see it as a decent tribute to the greatest portuguese musician that has ever lived.Also, I've included a video for the song made by friend Paula Petreca, which shows her own interpretation in a beautifully artistic homevideo, check that out too!"
(1)
Domingo, 9 de Setembro de 2007
Tens utilizado a net como teu grande aliado na divulgação da tua música, disponibilizando sempre os teus trabalhos na totalidade para download. Vais continuar a faze-lo dessa forma? E qual a tua opinião em relação á música versus net?(...)
a Internet é o maior aliado de qualquer músico desconhecido que queira divulgar o seu trabalho. Não só te permite chegares a um público-alvo vastíssimo e sem limitações geográficas, coisa que seria impensável há uns anos atrás, como te permite interagir directamente com os teus fãs e perceber melhor aquilo que estás a fazer bem e o que estás a fazer mal. O problema que ainda subsiste é saber como é que isso poderá ser rentável para quem depende financeiramente da música… acho que no futuro irá passar muito por uma maior consciencialização dos fãs da necessidade de apoiarem os artistas que admiram, quer através da compra de álbuns e merchandise, quer nos concertos; não numa perspectiva de criminalização dos downloads, como tem sido feito até agora, mas numa perspectiva de se permitir os downloads e confiar que se o ouvinte gostar do que ouviu e tiver possibilidades financeiras para tal, irá certamente comprar o álbum e aparecer nos concertos.
Qual a tua opinião sobre o actual panorama musical português?É provavelmente a melhor fase que me lembro na música portuguesa. Temos uma quantidade enorme de novos artistas a fazerem coisas incríveis nas mais variadas áreas, quer ao nível amador quer ao nível profissional (bandas com edição comercial); o público começa finalmente a aparecer mais nos concertos de bandas nacionais, especialmente o pessoal mais novo; as bandas também estão um bocadinho mais organizadas (pelo menos a nível do underground) e já se mexem no sentido de organizarem concertos conjuntos e criarem oportunidades, em vez de esperarem que alguém faça isso por eles. É irónico que tudo isto aconteça ao mesmo tempo que se vive a maior crise de sempre da indústria discográfica, só prova que há um completo desfasamento entre as pessoas que gerem a indústria da música e as pessoas que a fazem.