Quinta-feira, 28 de Fevereiro de 2008
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Nos dias que correm, são cada vez mais as bandas e editoras que remetem para segundo plano a tarefa de promoção, esquecendo que ela é tão importante como o acto de gravar ou de afinar uma guitarra. A banda ou editora só é alguém se se der a ver. Se disser que existe.Se por um lado a net veio facilitar a forma de dar a conhecer música, por outro tornou o contacto com o meio musical de tal maneira frio que até constipa.Hoje é com a maior das naturalidades que se envia um mail dizendo: “somos a banda x, para nos conhecer e se queres passar música nossa no teu programa vai sacar o nosso som ao MySpace ou à nossa página”. Por vezes, e até parece mentira, nem a morada da página indicam."
[1] Nuno Ávila
"O MySpace está a transformar-se numa estrutura demasiado pesada e confusa e começa a ter problemas, nomeadamente com o spam e a agressividade publicitária e pornográfica. O pior mesmo é que tornou algumas bandas preguiçosas. Dantes, o pessoal queria a toda a força criar um site e personalizá-lo; depois apareceu a facilidade de se ter um blog, com a interactividade que eles possuem, fruto também do desenvolvimento das linguagens dinâmicas e do software do lado do servidor; agora, um espaço no MySpace cria-se em 5 minutos e as bandas dizem logo que já “têm um site”. Com isso, muitas bandas dão por concluídas as acções de promoção. Põem umas músicas, mandam uma mensagem genérica a toda a gente a dizer que têm lá músicas e está feito(...) O pessoal com o MySpace acha que não precisa de bulir mais e nem quer saber de rádios para nada."[2]
Manuel Melo
Domingo, 4 de Novembro de 2007