Quinta-feira, 4 de Outubro de 2007
"
... the prizes are high, labels only want Amy's and Spears for their awful news, and we that really like this music thing, are spending hours on the net trying to find those great - never will be big - artists that come to our town for a show once a decade, if we are lucky.And even under the most lucrative record deals, the ones reserved for repeat, multi-platinum superstars, the artists can end up with less than 30% of overall sales revenue (which often is then split among several band members). Meanwhile, as record sales decline, the concert business is booming. In July, Prince gave away his album Planet Earth for free in the U.K. through the downmarket Mail on Sunday newspaper. At first he was ridiculed. Then he announced 21 consecutive London concert dates — and sold out every one of them."
(1)
Quinta-feira, 5 de Julho de 2007
"
O Indie-Rock está na moda. Suponho que isto não seja novidade para ninguém, basta ver o cartaz do Super Bock Super Rock para perceber isso mesmo. Correndo o risco de parecer presunçoso, tenho de admitir que não gosto desta moda. Mais pretensioso ainda, não gosto de modas no geral. Como tal, não gosto de ver bandas que eu gosto bastante serem ouvidas por tanta gente. Suponho que sinto a necessidade de me sentir diferente. Gosto que aquilo que eu oiço seja pessoal, gosto de pensar que a maior parte das pessoas não conhece as músicas que constituem a banda sonora da minha vida, gosto de pensar que sou das poucas pessoas que se identifica com determinada música, gosto de sentir que não sou igual a todas as outras pessoas, que há alguma coisa em mim que me torna diferente e que isso se expressa na música que oiço. Penso que todos somos assim, toda a gente sente a necessidade de vincar a sua personalidade e, ao mesmo tempo, sentir que não está só. Ser diferente não o sendo. E a música é um excelente exemplo disso mesmo. Obviamente não vou deixar de gostar de uma banda de que gostava por ela se tornar mais conhecida, nem vou dizer que não gosto de uma banda só por ela ser conhecida mas, como já disse, gosto de pensar que aquela música específica que me define só se aplica a mim e a mais meia dúzia, e que encontrando uma pessoa dessas meia dúzia tudo faz sentido. Mais uma vez, penso que somos todos assim, mas não sei se esse sentimento não estará um pouco mais ligado a mim por não ser, como o meu professor de Cambridge dizia em relação a ele próprio, “a people person”. Ou talvez seja exactamente o contrário, sou cada vez menos uma people person por me sentir cada vez mais diferente das outras pessoas e menos interessado nelas . Deve ser por isso que tenho tendência para bandas com letras muito pessoais, para quem as escreveu e para quem as ouve. A ironia disto tudo é que, o que eu oiço, é ouvido por milhões de pessoas que sentem o mesmo que eu."